Diário de Bordo #01 – Equipe Bismarck

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Essa é a nova campanha da AeroDesign ITA, o Diário de Bordo! Através destes, manteremos nossos seguidores informados sobre o que acontece dentro da iniciativa. Nesta primeira publicação, falaremos da criação da equipe Bismarck!

A ideia de formar a equipe Micro da AeroDesign ITA com apenas aqueles que estavam entrando na iniciativa na época nasceu ainda durante o processo de seleção de 2018. De cara, todos nos empolgamos com a possibilidade, pois íamos ter um maior envolvimento com o projeto, conheceríamos melhor os membros da equipe e ganharíamos muito aprendizado, que é um dos principais objetivos da iniciativa.

No início do processo seletivo, mesmo não sabendo de nada sobre aeronáutica ou aeromodelismo, já estávamos, em nossa maioria, motivados para entrar numa das mais tradicionais iniciativas do ITA, isto porque durante o próprio processo participamos de atividades muito interessantes que nos deram uma pequena ideia do trabalho dentro da Aero. Uma delas, talvez a principal, foi quando participamos de um workshop no qual fomos divididos em dois grupos, e cada um montou seu próprio avião simples para que voasse alguns dias depois. Ali, o trabalho em equipe, o foco na atividade e o clima descontraído nos fez apreciar cada segundo, e as horas montando aquele pequeno avião passaram sem que percebêssemos.

Mas melhor ainda foi nossa ida para a pista de voo no CMU, dentro da Univap, onde a iniciativa testa seus modelos. Foi lá onde colocamos nossos dois aviões para voar, e como voaram! Por mais simples que tenha sido, vibramos ao ver nosso trabalho no ar, funcionando. Porém, além disso, vibramos também com as outras pessoas presentes, algumas delas, ex-iteanas (T01, T76, etc.) que estavam testando seus próprios aeromodelos, e experimentamos um pouco do sentimento presente nas competições: o de simplesmente se entusiasmar com o AeroDesign.

Como se não bastasse tanta motivação, foi ali, na pista, que ouvimos a grande ideia de formar nossa própria equipe, e aí não havia volta: íamos com tudo para a iniciativa, para organizar as divisões do time e para o torneio de acesso da categoria Micro da SAE AeroDesign 2019.

Foi depois do processo seletivo, durante um churrasco da iniciativa para comemorar os aprovados, que nasceu também o nome da equipe: Bismarck, nome da oficina onde trabalhamos, uma homenagem a um grande ex-professor do ITA. E é nesse ponto que estamos hoje: passamos a ter vários treinamentos para que possamos definir a forma do avião para o torneio de acesso, e a partir daí, temos muito trabalho pela frente…

 

Equipe Bismarck 2018:

Aerodinâmica:

  • Brunno Campos, T22
  • Rodrigo Barreira, T22

Cargas e Estruturas:

  • Alex Paulo “Bololô”, T22
  • Letícia Barcelar, T22

Controle e Estabilidade:

  • Ângelo Barni “Homem”, T22
  • Jaime Bozzeto “Yoki”, T22
  • Mateus Gomes “Monstro”, T22

Desempenho:

  • Jonathan Oliveira “Indiana Jonas”, T22
  • Pedro de Almeida “Frustrado”, T22
  • Gustavo Ortiz “Pedal”, T22

Desenho:

  • Caio Jordan, T22
  • Matheus Silva “Lost”, T22

Eletrônica:

  • Amanda Zíngara, T21
  • Luís Gustavo Eloy “Samsung”, T22

 

O que faz a área de Desempenho?

O líder da área de Desempenho da equipe Montenegro do ITA é o Fernando Fiorini, e foi com ele que nossa equipe buscou saber um pouco mais sobre a área. Confira abaixo:

-Quais as principais tarefas da área de Desempenho?

Estuda as condições de voo do avião, principalmente a parte da decolagem, ponto crítico da competição. Calcula a distância de decolagem e pouso, a razão de subida da aeronave durante a decolagem, determina o MTOW (peso máximo de decolagem, em inglês). Também escolhe qual o melhor motor dentre os disponibilizados no regulamento da competição.

-Se houver pane no motor durante o voo, é possível pousar o avião em segurança?

-Como o avião do Aerodesign voa em baixas altitudes, há possibilidade de pousar sem o motor se o avião já estiver na aproximação pro pouso.

-São diversas as opções de motores para a competição? Em geral, o peso dos motores permitidos é significativo para a aeronave?

O peso do motor corresponde a aproximadamente 25% do peso total da aeronave, então é muito significativo. O regulamento disponibiliza 4 tipos de motores, e cabe a área de Desempenho escolher qual usar.

-Como os motores são previamente indicados pela competição, como a área de desempenho pode, obedecendo às regras da competição, somar  alguma vantagem em relação às demais equipes?

Como o motor é escolhido previamente pelo regulamento, cabe a equipe otimizar o resto do avião para somar mais pontos na competição.

O que faz a área de Cargas e Estruturas?

Para responder a esta pergunta, recorremos ao chefe de área da equipe Montenegro (categoria regular), Victor Raniery. Confira abaixo:

-Bons aviões de aerodesign costumam ser otimizados para trabalharem em condições extremas, sejam elas de manobras ou de carregamento de altas cargas. Quais as principais tarefas da sua área no que tange a isso?

-Projetar o avião para suportar os esforços nas situações críticas da maneira mais eficiente (minimizando a massa).

-Como são feitos os testes para saber se a aeronave aguentará os esforços a que será submetida?

-Realizam-se ensaios estruturais e voos submetendo determinados componentes do avião em sua situação mais crítica.

-Entre outros aspectos, a área de Cargas e Estruturas deve planejar uma estrutura bem leve. Cerca de quantos quilos pesa um avião de aerodesign?

-Um avião de aerodesign competitivo pesa entre 1,4 e 2,3 Kg.

-É comum ocorrerem problemas nas estruturas do avião durante os voos? Se sim, quais os mais frequentes?

-Não é muito comum a ocorrência de problemas estruturais, mas eles acontecem às vezes. Os mais comuns que acontecem com a aeronave são os que envolvem os componentes de trem de pouso, portanto durante as fases de decolagem e de pouso. Muitas vezes porque é difícil a estimativa das cargas de pouso, o que pode deixar alguns desses componentes subdimensionados.*

-Quantos dias se leva para construir todo o avião de aerodesign? Quantas pessoas costumam trabalhar no projeto de construção?

-Quando a equipe está engajada, demora no máximo 4 ou 5 semanas caso ela esteja com poucos membros (seis, por exemplo).

*Essa pergunta foi respondida por Vinícius Maia, líder da área de Cargas e Estruturas da equipe Leviatã (categoria Advanced).

MAIS UM VOO DE SUCESSO ✈

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Ontem, após vários meses de dedicação e de trabalho árduo, nossa equipe TIAMAT realizou voos bem-sucedidos para o Torneio de Acesso à Competição SAE Brasil Aerodesign 2017!!

A equipe demonstrou muita competência e personalidade ao optar por construir um biplano de superfícies laminadas em fibra de carbono, algo inédito no AeroDesign ITA e que também não é comum no AeroDesign brasileiro.

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Apesar dos insucessos obtidos nas primeiras 5 tentativas de voo, em que a aeronave caiu e precisou de alguns reparos, o resultado final, fruto da união e da persistência de toda a equipe, foi bastante gratificante!

Destaca-se ainda que o capitão da equipe, Róger Ghedin, pilotou o avião pela primeira vez, evidenciando muita habilidade ao manobrá-lo de forma irrepreensível.

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Gostaríamos de expressar nossos sinceros agradecimentos ao Thiago Barbetta, que realizou a minuciosa tarefa de pilotar o avião com sua carga máxima, e ao Levi Medeiros, que gentilmente transportou a equipe até o CAPI, onde os voos foram realizados.

Agora, todas as atenções se voltam para nossa equipe LEVIATÃ, que defenderá no início de novembro o título de campeã brasileira da classe Advanced!

Resgate Histórico #3

Em 2003, o AeroDesign ITA participou da competição nacional com duas equipes: a 15-BIS e a Leviatã. Pela primeira vez, uma mulher capitaneava um time iteano de AeroDesign: Mailema Santos, à frente da 15-BIS, exerceu papel de exemplar liderança no grupo, que se destacou principalmente pela qualidade do projeto e pela apresentação durante a competição.
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Gentilmente, a Mailema respondeu às perguntas que lhe fizemos acerca de sua incrível trajetória no ITA e no AeroDesign.


1. Como conheceu o AeroDesign ITA, e o que lhe motivou a participar da iniciativa?
Através de turmas anteriores. A primeira participação do ITA no AeroDesign foi com o pessoal da 01 (sou 04) no ano de 2000. No ano de 2002 eu pude ajudar a equipe vigente nos dias que antecederam a competição e me animei para entrar desde o início do ano no projeto em 2003.

2. Como fazia para conciliar os estudos acadêmicos com as atividades do AeroDesign? A participação na iniciativa e nas competições, de alguma forma, lhe motivaram a enfrentar os desafios da graduação no ITA? 

É difícil conciliar qualquer atividade extracurricular com o ITA, mas é justamente esta flexibilidade que o mercado de trabalho precisa. O ano em que participei do AeroDesign me rendeu muitas noites mal-dormidas, mas valeu a pena. Organização é a palavra chave. Trabalhávamos muito nas semanas que tínhamos menos provas, bem como semaninhas e até férias do meio do ano. Assim conseguimos participar da competição e sobreviver ao ITA.

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3. Para você, qual foi o fato mais marcante de sua trajetória como membro do AeroDesign? 

No ano de 2003 tínhamos 2 equipes do ITA no AeroDesign (a do 15-Bis e a do Leviatã). Embora fôssemos separados no papel, éramos muito unidos e todos contribuíam para ambos projetos. O fato mais marcante foi o ensaio em voo do nosso primeiro protótipo do Leviatã. Após meses de trabalho árduo, ele caiu, a poucos dias da competição, por flutter. Não tínhamos avião reserva e sequer dinheiro para construir outro. Toda a equipe achava que era o fim. Até que o Flávio se levantou e falou: nós vamos reconstruir o avião e acertar isso! Olhávamos para ele com aquele pensamento: “é impossível!”. Mas tornamos o impossível, possível! Engraçado que, depois de tantos anos, nem me lembro como o fizemos, mas participamos da competição!! E é isso que ficou na minha memória.


4. Como se sente ao se dar conta de fazer parte da história do ITA no AeroDesign e ao enxergar o atual crescimento da iniciativa?   
Fico muito orgulhosa, mas a história não é construída por uns e outros. É construída por todos. Se o AeroDesign está onde está atualmente é porque as gerações que nos sucederam mantiveram o AeroDesign na história do ITA.

5. Quais os principais valores aprendidos durante sua participação no AeroDesign? Eles influenciaram, de alguma forma, as suas escolhas ao longo de seu processo de crescimento profissional e pessoal? 
Trabalho em equipe, paixão pela aviação e empreendedorismo. Com certeza estes valores influenciaram todos que participaram da equipe. Muitos foram trabalhar no setor aeronáutico e outros, embora não estejam trabalhando diretamente com aviação, estão aplicando os conceitos de gestão de projeto, comunicação, companheirismo e inovação em seu dia-a-dia.

 6. Qual mensagem gostaria de deixar para os atuais membros? 

Decolem junto com seus aviões!!


CENIC: Nossa grande parceira! ✈

Cenic e AeroDesign ITA

Localizada na cidade de São José dos Campos, a CENIC é referência na área estrutural para o setor aeroespacial brasileiro.

Na última semana, a empresa nos doou várias placas de Divinycell, uma espuma de PVC rígida que empregaremos em nossos aviões. A empresa nos forneceu ainda todo o suporte necessário na laminação de algumas dessas placas com tecido de fibra de carbono, o que confere ao material alta resistência mecânica e notável leveza.

A CENIC corresponde à nossa parceria mais antiga. Já são mais de 10 anos juntos. Dessa forma, temos uma gratidão imensa pela empresa, sem a qual muitas das nossas conquistas não teriam sido atingidas.

Portanto, nossos mais sinceros agradecimentos ao Ralph, ao Michel e a todos os demais membros da CENIC!!

Que este vínculo forte nos impulsione novamente rumo ao sétimo título nacional!!!

Resgate Histórico #2

Através de seus incríveis resultados conquistados ao longo dos anos, o AeroDesign ITA tem traduzido o espírito de equipe, a paixão pela descoberta, a resiliência e a dedicação característicos dos alunos que já passaram pela iniciativa. A trajetória de Ricardo Carvalhal, capitão da equipe sobre a qual conversaremos hoje, não é diferente disso.
Sua equipe, a Herdeiros de Prandtl, conquistou em 2002 o 5º lugar geral na competição nacional, diante de aproximadamente 50 outras equipes. Mais importante que esse resultado está o legado deixado: o grupo se destacou pela preocupação em formar um time plural, com alunos de diferentes cursos e turmas. Essa postura permitiu que a experiência se propagasse, minimizando o impacto decorrente da saída de veteranos. Essa foi apenas uma das lições dessa equipe, que consolidou as bases sobre as quais as equipes dos anos seguintes se ampararam para crescer e conquistar resultados cada vez mais expressivos.
 2002

Gentilmente, o Ricardo respondeu às perguntas que lhe fizemos acerca de sua incrível trajetória no ITA e no AeroDesign.


 1. Quais os principais valores aprendidos durante sua participação no AeroDesign ITA? Eles influenciaram, de alguma forma, o seu processo de crescimento profissional e pessoal?
As lições são várias. Para muitos é a primeira vez em que estarão representando uma instituição do porte e da tradição do ITA, o que exige uma postura e atitude especiais. Segundo, espírito empreendedor: nada vai chegar até você! O AeroDesign ITA era um ilustre desconhecido dentro da escola. Lembro que pedimos um apoio para peças na própria divisão, corremos atrás de patrocínio, e tivemos bastante sucesso nisso. Para não me alongar muito, o mais precioso: trabalho em equipe! Pode soar clichê, mas é aquela doação a mais de cada membro para manter o sucesso do grupo!  Lembro que tínhamos asas muito flexíveis, o que prejudicava o controle de rolagem, mas descobrimos o problema a 3 dias da competição. Em suma, precisávamos refazer o avião inteiro nesses 3 dias! Mas não havia cansaço, sono, falta de material ou pressão que detivesse o propósito do time! Lições muito preciosas, que trago no dia a dia da minha carreira.

2-O que foi que lhe motivou a entrar na iniciativa e a participar das competições?

Paixão pela aeronáutica, vontade de fortalecer a presença do ITA na competição e criar uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional para nossas turmas – éramos 8 membros da AER 03 e dois da AER 04. Esse é um ponto legal: fizemos questão de ter dois “bixos” na equipe garantindo que o aprendizado passasse adiante. Depois da nossa equipe, essa abordagem “multiturma” tornou-se bastante comum. Eu ainda achava importante ser “multicurso”, pois éramos uma escola de aeronáutica e os talentos estavam em todo canto, mas não tive tempo para promover essa transição.


3-Como se sente ao se dar conta de fazer parte do início da história do ITA no AeroDesign?

Nosso objetivo era deixar um legado para a escola. É maravilhoso ver que funcionou e trás benefícios não só pela exposição mas também pelas lições preciosas de excelência, empreendedorismo e trabalho em equipe que complementarão a formação acadêmica do ITA por gerações! Havia algumas tecnologias que eram importantes carências nossas,  como a parte construtiva, em que eu sabia que apenas o “tempero” da experiência e dos anos nos colocariam no patamar adequado. Chegamos lá!


4-Já imaginava que o AeroDesign ITA viria a se tornar o que é hoje? Como se sente ao enxergar o crescimento do AeroDesign ITA?

Eu entendia que precisávamos criar uma cultura de projeto e construção. Tivemos times fora de série, como a AER 01 e a Aerolovers, e caras super diferenciados – o Mateus Santa Catarina (AER 01), por exemplo, campeão por ambos e um verdadeiro artesão! No entanto, para mim estava claro que para a perenidade da iniciativa não podíamos depender apenas de talentos individuais e sim da criação de uma cultura e base de conhecimento que permeasse membros e turmas. Em função disso, corremos atrás da formação da equipe mista, de parceiros duradouros, e envolvemos de forma inédita a direção da escola e professores, aumentando o nível de consciência sobre o AeroDesign, quase um ilustre desconhecido até então.

O potencial existia, e acreditava que o tempo nos traria líderes e membros de equipe capazes de usar as bases criadas e dar o salto a frente. Vocês chegaram lá pela gente. E é gratificante notar que algumas das bases foram plantadas lá em 2002.


5-Como era conciliar os estudos acadêmicos com as atividades do AeroDesign? A participação na iniciativa e nas competições, de alguma forma, te motivavam a enfrentar os desafios da graduação no ITA?

Era um tempo de pioneirismo no AeroDesign dentro da escola, e tudo exigia muito esforço e negociação, são várias as histórias! Então era um desafio conciliar tudo, e aqui vai outra visão que tínhamos: sabíamos que a partir do momento em que houvesse mais base de conhecimento e mais compreensão da competição no ITA, teríamos mais apoio e consequentemente tempo para um melhor balanço de todas as atividades.

Bem, passada a competição, acho que toda vez que um veterano do AeroDesign tiver contato com qualquer tópico de concepção aeronáutica ele vai lembrar, ainda que em flashes, daquele “aviãozinho”! E sim, isso acontece já dentro do curso. O bostejo que eu usava para recrutar novos bixos para o AeroDesign era dizer que tratava-se de oportunidade única de ver o avião como algo a mais que um ente matemático. Isso é muito precioso dentro de uma escola de Engenharia.


Fibertex: nova apoiadora do AeroDesign ITA!

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Com grande alegria anunciamos nossa mais nova apoiadora!!
Uma empresa 100% brasileira, que oferece as melhores soluções em produtos têxteis, com tecnologia de ponta e máxima eficiência em seus processos de fabricação.
Empregaremos em nossas aeronaves tecidos de fibra de carbono e de vidro produzidas pela Fibertex, que se tornou referência pela sua grande variedade de produtos e materiais de alta performance, bem como pela preocupação com a qualidade na fabricação desses produtos.
Veja mais informações no site da empresa!

Resgate Histórico #1

Conforme anunciado em nossa página do Facebook, iremos contar um pouco da história do AeroDesign ITA. Para começar, temos o prazer de contar a história de uma das primeiras equipes iteanas vencedoras da competição SAE BRASIL AeroDesign, a Aerolovers. Em 2001, além de ter conquistado o primeiro lugar, a equipe se destacou por ter apenas dois componentes: o casal de namorados Izabelle Soares e Mateus Frois.

Mateus já havia obtido o primeiro lugar na competição nacional do ano anterior, além de ter conquistado o 2º lugar na competição mundial, a SAE Aero Design East, de 2001. Já Izabelle, além de ter participado da SAE Brasil em 2001, também esteve presente com o Mateus na competição internacional, na Flórida, em 2002, ano em que a equipe Bandeirantes conquistou o terceiro lugar.

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Gentilmente, a Izabelle, que em 2001 estava no terceiro ano de Engenharia Aeronáutica, respondeu às perguntas que lhe fizemos acerca de sua incrível trajetória no ITA e no AeroDesign.

1. Quais os principais valores aprendidos durante sua participação no AeroDesign ITA? Eles influenciaram, de alguma forma, o seu processo de crescimento profissional e pessoal?

Inovação, planejamento, organização, trabalho em equipe e perseverança são os valores que estiveram mais presentes durante a minha participação no AeroDesign. O que levamos para nossa vida pessoal e profissional são essas experiências. Aprendemos muito com elas, pois nos ajudam a encarar os desafios, a dar o nosso melhor e, principalmente, a não desistir quando surgirem dificuldades. Hoje, como empresária, vejo que esses valores continuaram presentes e ajudaram a forjar minha trajetória profissional e pessoal. Lembro-me bem, durante a Competição Internacional, na Flórida, o vento de través na pista estava muito forte no momento do voo e não tínhamos escolha. Tínhamos que colocar o avião para voar naquela bateria. Na aterrissagem, a asa sofreu um grande dano. Toda a equipe se juntou para repará-la com o material que tínhamos disponíveis. Estávamos com um excelente avião, mas infelizmente não tínhamos asa reserva como a outra equipe brasileira que acabou se consagrando campeã. A frase “Hell Raiser” (Renascido do Inferno) escrita em nosso avião traduzia o espírito da equipe e todo nosso empenho para vencer. Não desistiríamos fácil. E assim, partimos para a próxima bateria, onde conseguimos, mesmo com a asa reparada, alcançar o terceiro lugar no SAE Aero Design East.


2. O que foi que lhe motivou a entrar na iniciativa e a participar das competições?

Em 2001, o Mateus Frois, que havia sido o capitão da Equipe Aer 2001, convidou-me para participar com ele da Competição. Em 2001, já éramos namorados e formamos a menor equipe da história: só eu e ele. O nome da equipe não poderia ser diferente: Aerolovers. Aceitei de imediato participar porque sempre fui movida a desafios e, além disso, sabia que seria uma ótima oportunidade para colocar em prática conceitos vistos em sala de aula. Nessa época, eu estava no 3º ano iniciando os estudos de Aerodinâmica e Estruturas do curso de Engenharia Aeronáutica. Como o Mateus já estava no último ano, eu aprendi muito nessa época, como por exemplo quando fizemos um programa para calcular o desempenho de uma asa com e sem winglets para podermos chegar na melhor configuração possível de projeto.


3. Como se sente ao se dar conta de fazer parte do início da história do ITA no AeroDesign?

Para mim é uma grande honra fazer parte dessa história, poder contar um pouco como foi, compartilhar o aprendizado que tive e motivar aqueles que ainda estão na duvida se vale a pena participar desse tipo de competição. Vale muito a pena!


4. Já imaginava que o AeroDesign ITA viria a se tornar o que é hoje? Como se sente ao enxergar o crescimento da iniciativa?

Desde aquela época, havia um incentivo por parte do ITA e dos professores com relação aos alunos participarem da Competição. Mas certamente não havia o espaço e o apoio que tem hoje, com laboratórios e treinamentos específicos. Era a própria equipe que arcava com todos os custos para a construção do avião, entre outras despesas, como confecção das camisetas. Precisávamos pedir autorização para utilizarmos o MOF para a construção do avião em horário que não estivesse sendo utilizado. Dada a importância dessa competição no ambiente acadêmico, era bem natural que houvesse esse crescimento da iniciativa e fico muito feliz em saber disso. Aproveito para parabenizar a atual gestão!


5. Como era conciliar os estudos acadêmicos com as atividades do AeroDesign? A participação na iniciativa e nas competições, de alguma forma, te motivavam a enfrentar os desafios da graduação no ITA?

Na época em questão, 2001, estava no 3º ano do curso de Engenharia Aeronáutica. Mesmo sabendo que teria que conciliar todas as atividades da competição com a rotina puxada do ITA, não hesitei, pois sabia que seria uma ótima oportunidade de aprendizado. Sempre acreditei que, por mais que a nossa rotina de estudos fosse extremamente puxada, o iteano sempre conseguia dar um jeito para administrar seu tempo. Essa é outra grande lição que aprendemos no ITA, porque na vida profissional é assim. Se ficarmos esperando o momento no qual vamos ter “tempo livre” para fazer alguma coisa, nunca faremos. Então, temos que abraçar a oportunidade e ir sem medo.

Lembro que tomamos a decisão de participar do AeroDesign no início do 2º trimestre; ou seja, com bastante antecedência. Desse modo, foi possível fazer um planejamento adequado do projeto, da construção, dos testes de voo, da elaboração do relatório, etc. Trabalhávamos nas semanas que não tínhamos provas, alguns finais de semana, bem como nas “semaninhas” de descanso, e assim foi possível cumprir o cronograma que havíamos montado.

Foi desafiador participar das competições aqui e nos EUA; é o tipo de experiência que nos tira de nossa zona de conforto e certamente me deixou mais motivada a enfrentar os desafios do ITA. A experiência em si faz com que acreditemos mais em nosso potencial, mostra que podemos ser recompensados pelo nosso estudo e trabalho árduo, desde que feitos com muita organização e planejamento.



Atualmente, os dois seguem obtendo grandes conquistas. Fundaram a Chiliboats, uma inovadora empresa que desenvolve waterbikes! Juntos, empreendem com a mesma criatividade demonstrada há 15 anos atrás, quando iniciaram a vitóriosa jornada do ITA no AeroDesign.

Gerdau e AeroDesign ITA, juntos.

 

 

Com grande alegria anunciamos que a Gerdau integrou-se ao nosso grupo de apoiadores! Toda carga paga que nossas aeronaves transportarão em 2016 será proveniente da empresa! Chapas de aço de altíssima qualidade cortadas sob medida.

A Gerdau, com suas mais de 10 sedes em operação ao redor do mundo e seus mais de 110 anos de história, é uma das maiores e mais antigas empresas siderúrgicas do Brasil. Desde o momento de sua criação, a excelência de seus produtos se destacou, o que os fez chegar aos mais diversos setores da sociedade.

Assim, a influência da Gerdau abrange desde a agropecuária básica até os mais complexos processos industriais, e muda a vida das pessoas no Brasil e no mundo.

Para mais informações, confira o site oficial da empresa: https://www.gerdau.com/br/pt/home